segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Some somente, soma sua mente.


Nada é suficiente para o meu coração.

As palavras surgem como notas musicais

Algumas soam alto demais outras nem tanto

Deixando uma pausa, um silêncio desconfortante

Como um lobo a procura da presa, uma busca incessante

a lua ao alto mostra o caminho nem sempre tão claro

mas sinto seu cheiro a distância que embriaga meus sonhos

Nas noites que passo só

então vem o eclipse

a confusão entre o amor sem resposta

e a felicidade sem razão

De um bêbado feliz e um sóbrio coração

O que fazer

se esconder acuado esperar passar a dor da solidão

nas cavernas de palavras mudas

ou sorrir para as noites que

atravessam os dias em vão

a duvida maltrata

secas lágrimas

já secas, por uma outra ocasião

o pulsar do pulsar, pulsa

cada vez mais forte

como a batida forte

do martelo de um operário

que transpira sofrimento

construindo algo que não vai desfrutar

sorri mesmo assim

a tristeza é seu lar

não há mais nada a despertar.