Nada é suficiente para o meu coração.
As palavras surgem como notas musicais
Algumas soam alto demais outras nem tanto
Deixando uma pausa, um silêncio desconfortante
Como um lobo a procura da presa, uma busca incessante
a lua ao alto mostra o caminho nem sempre tão claro
mas sinto seu cheiro a distância que embriaga meus sonhos
Nas noites que passo só
então vem o eclipse
a confusão entre o amor sem resposta
e a felicidade sem razão
De um bêbado feliz e um sóbrio coração
O que fazer
se esconder acuado esperar passar a dor da solidão
nas cavernas de palavras mudas
ou sorrir para as noites que
atravessam os dias em vão
a duvida maltrata
secas lágrimas
já secas, por uma outra ocasião
o pulsar do pulsar, pulsa
cada vez mais forte
como a batida forte
do martelo de um operário
que transpira sofrimento
construindo algo que não vai desfrutar
sorri mesmo assim
a tristeza é seu lar
não há mais nada a despertar.