segunda-feira, 27 de abril de 2009

Salinas Grande



Chegar a Salinas Grande não foi nada fácil.


Depois de uma noite não muito boa de sono, já que eu havia comido uma parrillada naquela noite, fato que me custou uma dor de barriga. 
Nada de mais, porém dor de barriga é sempre muito chato. 
E não dá pra dormir muito bem após devorar uma parrillada.

No dia seguinte acordamos um pouco mais cedo, queriamos aproveitar o máximo as trilhas próximas a pousada, e ainda iriamos para Salinas Grande, que é bem mais distante.
De Pumamarca até Salinas são quase 126 km, subindo e descendo montanha, chega-se a 4170 km do nível do mar. Eu fui literalmente nas nuvens. A essa altura as nuvens causam pouca visibilidade à estrada, mas o motorista conhecia muito bem aqueles caminhos.

Para ir a Salinas é necessário fretar um carro, que nos leva até lá, só que! 
Para alugar um carro, é preciso de pelo menos 3 ou 4 pessoas, do contrário o aluguel do frete sai muito mais caro.

Fomos para o ponto de onde saem os carros pra Salinas, falamos com o responsável pelo frete, como era somente eu e nicolas, ficamos esperando a 3ª e a 4ª pessoa para sairmos.
O frete custava 50 pesos por pessoa. Ficamos ali horas, esperando alguém pra dividir o frete. 
E nada, até que cansamos de esperar. Já era quase meio dia, resolvemos almoçar e ir conhecer outras trilhas. Porém antes de partimos, avisei ao homem responsável pelo aluguel, que se pintasse alguém querendo ir para Salinas, que ele nos procurasse na pousada.

Depois de caminhar um pouco pelos arredores de Pumamarca, voltamos pra pousada pra preparar o almoço. Havia sobrado dois pedaços da parrillada da noite passada, e para complementar compramos uns ovos, e o material para a salada. Como havia sobrado da noite anterior bastante arroz, só seria necessário esquenta-lo. 
Mas.......Enquanto fritava os ovos com cebola e tomate, não pude perceber! 
A Gatinha siamesa havia surrupiado duas grandes costelas que havia sobrado da parrillada, os dois únicos pedaços.
Putz! Fudeu! Iamos comer ovo mexido arroz e salada. Gata fila de uma cachorra! 
Tarde demais! É, fazer o que? quem manda serem manés, perder pra uma gatinha siamesa!
E dá-lhe ovo mexido, arroz pra caramba, e uma salada bacana. 

Não sei por que mais aquele ovo estava com um gosto de costela!!!!!! Zé.

Depois do rango fui me deitar, nicolas resolveu fazer o mesmo. Só faltou o baurete! 
Geralmente eu dormia ouvindo um sound no mp3.........quando se tira o pouco tempo que se tem pra descansar na viagem, você precisa apertar no botão de off ! Porque precisa guardar energia, não existe meia descansada......ou descansa ou se cansa mais ainda lá na frente.

Depois de quase 1h de apagão. Alguém batia na porta! Batia forte, acho que já batia a um bom tempo. 

Era Eusebio, o dono da pousada, nos chamando, tinha alguém querendo falar com a gente. Era o homem do frete, ele veio nos avisar que tinha mais uma pessoa querendo ir pra salinas.
 
Pensei. Massa! Perfect! Caso não fossemos a Salinas naquele dia, teríamos que ir no dia seguinte, ou talvez até não ir.

Preparamos as mochilas básicas e descemos pro ponto dos fretes. Chegando lá tinha um cara magro e um pouco mais alto do que eu nos esperando, e o motorista. Depois de combinarmos o preço, partimos. 
Quando o motorista deu a partida nos apresentamos. O cara se chamava Neo, como o personagem de Keane Reeves em Matrix, porém a semelhança de Neo no Brasil é Nilton, como o cara tinha morado no Brasil e falava um português meio alemão, inglês. Eu só o chamava de nilton. 

Nilton assim como nós, estava ali esperando alguém para dividir o frete a um tempão, o homem do frete só lembrara tempos depois o que eu havia dito a ele. 

Nos primeiros quilômetros ao subir a montanha, o lugar anunciava a beleza de visual que viria pela frente. A montanha que subiamos proporcionava uma visão única das montanhas ao redor, eram cores que se misturavam, numa mesma montanha, uma mistura de tons sobre tons, muito bonito. Essa viagem só tinha uma única parada, que era no topo da montanha à 4170 m. 
Foi o ponto mais alto que cheguei nessa viagem......



















segunda-feira, 20 de abril de 2009

Caminhando... - Cap 2




Tirei essa foto do meu amigo nicolas, caminhando na estrada, me fez lembrar, quantas vezes coloquei o pé na estrada? Não sei, mas foram muitas!

Sempre gostei de viajar, quem não gosta?

Acho que herdei esse pé na estrada de meus pais.
Desde pequeno meu pai costumava junto com minha mãe, colocar todo mundo no carro e pegar a estrada. Eramos 6, quatro filhos, meu pai e minha mãe, num carro tipo perua, sempre iam dois lá atrás, junto com as malas, pra sobrar mais espaço no banco de trás, onde geralmente ia um convidado, que dividia o banco com meus outros dois irmãos.
Muitas vezes era o Reis, amigo do meu pai e da familia.

Não preciso nem dizer quem desfrutava do bagageiro, junto as malas!
Tudo bem, eu nunca estava só, meu irmão mais novo era o outro sortudo.

Na verdade adoravamos estar alí atrás, era muito acolchoado. E muito bem por sinal. Minha mãe era experte em deixar aquele bagageiro super comportável, para os dois caçulas dela. Mãe, é mãe! Iamos cantando várias músicas que lembravamos, minha familia sempre gostou muito de música. Aos 7 anos já conhecia Beatles, Paul e Lennon solo, e por ai vai. Meu pai colecionava discos, chegamos a ter quase 8 mil discos em vinil. Essa mania de colecionar discos trago comigo até hoje.
Bem, mas o fato é que viajavamos muito. A família toda, pelo menos uma vez ao ano.
Percorriamos distâncias do tipo: Belém - Rio, Belém - Salvador, numa época onde não havia muitos postos de gasolina nas estradas, então não podiamos nos dar o luxo de se perde no caminho, até porque, era uma viagem calculada pra se chegar no próximo posto, quando a distância utrapassava o tanque, levavamos um galão dentro do carro, pra encher o tanque caso faltasse gasolina. Não era uma atitude muito legal, mas fazer o que? ou era isso ou não viajavamos.

Daí talvez tenha vindo esse espírito de dar asas aos meus pés.
Quando postei essa foto, era como se estivesse me vendo caminhando nessa estrada.

Apesar da foto dar a impressão de estarmos partindo, na verdade estavamos chegando. Tinhamos saltado do ônibus no 0km dessa estrada, e a vila ficava à
3 km, estrada acima.
Vinhamos de Salta, uma cidade muito bonita e cheia de surpresas também.
Foi em Salta, o único lugar onde consegui falar português. Lá conheci uma bailarina brasileira numa noite bem agitada era um sábado. Ela era paulistana, e fazia parte do balé municipal, uma mulher muito linda mesmo! Enquanto conversavamos pude conhecer suas amigas que também eram do balé. Parecia que eu estava num rosário, porém a brasileira dava de 10. Brasileira é a melhor mulher do MUNDO!!!!!!

O papo estava bom demais pra ser verdade, quando derrepente, não sei de onde, surgiu um amigo bailarino dela, rodopiando como um peão descontrolado, e parou bem na nossa frente, foi só o tempo dela me apresentar a ele ou ela, sei lá, o cara era chileno!
E mais nada, ele saiu rodopiando novamente, do mesmo jeito que tinha chegado, só que dessa vez levando Têe pelas mãos. Ela se chamava Têe, nome estranho é verdade, mas ela era linda!
E com ela, se foi todo o grupo do balé de Salta, pra pista dançar. E eu dancei.
Naquela noite eu não estava nem um pouco a fim de dançar, até porque eu estava com uma bota de trekking, sem combate!
Fiquei alí no balcão bebendo uma cervejinha, na verdade a garrafa era de quase 1 litro. Meus dois amigos, nicolas e diego estavam conversando com uma chica. Já era bem tarde, eu e nicolas resolvemos voltar pro albergue, Diego, ficou lá se aventurando com a chica. Iamos partir naquela manhã de domingo.

Seguindo a rota, a próxima cidade seria Jujui, porém resolvemos não parar lá, e sim, seguir para Pumamarca, a cidadezinha que na verdade era quase uma vila, cheia de encantos e lições pra dar.
Essa foto de nicolas acima, é na estrada caminho pra Pumamarca.
Partimos de Salta quase 1 da tarde, Diego resolveu ficar, talvez por causa da chica, ele estava empolgado com a menina. Demos risadas da situação e seguimos em frente.
Já no ônibus, passamos pela cidade de Jujui, que não me acrescentou em nada, Jujui parece uma pequena cidade do interior brasileiro, que cresce desorganizada. Não é uma cidade bonita!

E uma hora depois de Jujui, no meio da estrada, descemos, a caminho de Pumamarca.
Depois de 3 km de caminhada, chegamos na vila, já estava escuro.
Chegar à noite é sempre mais difícil para se encontrar um lugar pra ficar, depois de tanto procurar, acabamos nos hospedando num hotel pousada, que também era a casa da família do Sr. Rodriguez.

Como não haviamos comido nada, saimos pra comprar carnes e verduras para assarmos uma parillada. Estavamos com sorte, havia uma carniceria aberta.
É assim que se chama uma mercearia que também vende carne, por lá.
Fizemos a parillada, que por sinal ficou muito boa. Após comer quase tudo, sobrou apenas dois pedaços de costela.
Fui me deitar estava bem cansado. Na manhã seguinte iamos visitar Salinas Grande, um local imenso e belo, de onde se brota o sal no chão.



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Capítulo 1

Na verdade nem queria entrar nessa caverna, fiquei todo tempo do lado de fora.
Até porque a caverna era pequena e já havia 3 pessoas lá dentro, fiquei mesmo do lado de fora aproveitando a sombra que a rocha da caverna criava naquela tarde de muito, mas muito sol.
Mas assim que os 3 sairam, (o cachorro ficou!) eu entrei, el perro......... "perro" é cachorro em castelhano. Realmente lá dentro estava uma sensação térmica muito boa!
Depois entendi porque o cachorro não tinha ido com os outros.......Esses cachorros são mesmo muito espertos!


Por todas as cidades do norte da Argentina que passei, todas..... havia sempre um cachorro que nos acompanhava. Pra onde quer que fossemos ele iria, desde um supermercado, a uma trilha junk de caminhadas subidas e descidas, entre rochas e riachos, subindo ou descendo serras entre montanhas.
Inclusive numa dessas trilhas, uma que passava por 4 cachoeiras, e ainda tinha a 5ª.
Que por sinal não fui! parei na 4ª. Encontrei um cachorro, que só conseguiu voltar porque me seguiu. Ele estava perdido! Acho que ao seguir alguém, ele não se garantiu e ficou pela 4ª cachoeira, assim..... como eu!
Se ele soubesse que eu também não sabia muito bem o caminho de volta, talvez ele não viesse atrás de mim.

Por várias vezes mostrei o caminho pra ele, muito difícil diga-se de passagem....eram saltos e mais saltos de uma pedra a outra, na beira do rio . O cachorro era pequeno, desses que são mistura de cachorro de raça e vira lata.


Sempre gostei dos vira latas. São mais amigos e confiáveis, talvez por, na maioria das vezes, a ele, só lhe restar esse atributo!


Como ia dizendo, o cachorro veio me seguindo da 4ª cachoeira até a entrada da trilha......um pequeno detalhe que ia me esquecendo de mencionar, a água do rio, devia estar entre 10 e 5 graus, geladíssima era apelido!


Porém ele tinha que se jogar no rio para atravessar a trilha, fazer o quê? ele não sabia voar!


Dava até pena de ver o bichinho. Toda vez que conseguia atravessar o rio, ficava tremendo naquele vento frio, no outro lado do leito.
Já era quase fim de tarde, ia começa a esfriar....às cidades do norte ficam entre vales ou até mesmo em cima de um.... sempre faz frio à noite!


Mas entre saltos e nadadas no rio gelado, o cachorro que me seguia, conseguiu chegar na entrada da trilha....teve sorte! quantos outros se perderam e não conseguiram voltar.
Ele devia estar bastante aliviado, sabe-se lá quanto tempo ele devia estar naquela agonia de encontrar alguém para que ele pudesse seguir.


Dai comecei a tentar entender porque aquela necessidade dos cachorros seguirem os turistas, pra tudo quanto era lugar. Claro que havia os mais espertos, só seguiam as pessoas na hora do almoço, esperando que a quem ele fosse seguir, caminhasse a um restaurante e pedisse uma parillada, pronuncia-se "parilhada", um tipo de chapa mista, carne de carneiro, de boi, frango e umas salsichas de diversos tipos e sabores, geralmente com ervas!


O sonho de qualquer cachorro........ porém nos restaurantes também haviam cachorros, provavelmente da casa e geralmente bem grandes. Sempre embaixo da mesa, na dele, soberano, só levantava se a pessoas lhe oferecesse alguma carne ou salsicha....... ai meu filho até eu!
Como os cachorros grandes ficavam lá, os menores ou até outros do mesmo tamanho, sempre respeitavam aquele cachorro que alí estivesse....... até os cachorros são civilizados na argentina.
Mas às vezes alguém arremessava longe, um pedaço de carne pra algum cachorro, que se deliciava com aquele osso.


Pois é! Mesmo que quisesse não poderia estar sozinho nesta viagem, havia sempre um "perro" me seguindo, trazendo a benção de São Cristovão!




Sobre a foto! .....................é só uma foto, não me lembro de estar pensando em algo expressivo nesse momento. Hoje ela me faz refletir muito mais, do que na hora em que estava lá.








sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um trem para as estrelas.....

Acho dessa vez vou começar pelo fim, quer dizer, não é o fim, fim, fim....
bem deixa pra lá. Engraçado como a vida guarda surpresas, e confesso que, cada vez mais surpreendentes!!!!!!!! Quando adolescente fiz tantas coisas, até muito mais que a maioria das pessoas da minha idade. Como por exemplo aos 17 anos, já era produtor executivo de comerciais em salvador, claro, que da agência do meu pai, nenhum outro louco daria um cargo desses a um jovem de 17 anos, porém macaco velho que meu pai era e é!
Ele não faria isto caso não confiasse em mim. Além de que, ele estava sempre cobrando todas as tarefas que me eram dadas......eu era responsável pela arte do cenário, alimentação da equipe, transporte e ajudava no processo de seleção dos e das modelos dos comerciais, (além de outras coisas mais!) .....mas bem antes disso, eu próprio já havia gravado muitos comerciais como modelo, posso dizer que cresci dentro de estúdios de gravação, meu primeiro comercial eu devia ter uns 17 meses....esse eu não lembro mesmo (ainda morando em belém).
E por isso que talvez, tenha gravado alguns mais, já morando em salvador. Conheci muita gente interessante ao longo desse caminho de comerciais, pessoas tão importantes na forma de ser, de agir, de caráter, suas personalidades...

Enfim, tudo que vale apena observar e aprender no corportamento de outra pessoa e tentar praticar em você mesmo! Num desses comerciais que fiz, ainda como modelo, devia ter uns 11 ou 12 anos. Logo quando viemos morar em salvador........estava esperando o momento da maquiagem, pra logo após começar a gravar o comercial. Quando vi pela primeira vez aquela garota pequena na época.....porém muito linda, com rosto de boneca, sorriso sincero e alegre, daqueles que você se apaixona no exato momento em que vê. Joice, esse é o seu nome. Apesar de toda simpatia, educação e um pouquinho de timidez, não demorou muito para nos apresentarmos. Aquele foi o primeiro de alguns outros que gravamos juntos, e todas as vezes que sabia que ia gravar um comercial com ela, já me vinha a mente aquele sorriso lindo que marca você pro resto da vida.

E assim o tempo foi passando fomos crescendo eu parei de trabalhar como modelo e posteriormente como diretor executivo......já fazia artes plasticas na UCSAL, mais uma vez sabiamente meu pai me chamou pra trabalhar com ele, como ajudante de arte.
Era uma nova era, a do computador na propaganda bahiana.......então fiz cursos no rio, em salvador, lia livros, tomava aulas com profissionais da área......assim fui adquirindo conhecimento e prática, e com um pouco de talento que herdei de meu pai, me tornei diretor de arte.......o tempo foi passando.....passando.....mas de vez enquanto me lembrava do sorriso de Joice, de seu belo rosto....ficava desejando, imaginando reencontra-la novamente, ao longo dessa vida! Só pra ter novamente o prazer de ver aquele sorriso que tanto me marcou.

Nas minhas férias de 2009 planejei fazer um projeto com a viagem que faria. Essa viagem é outra estória, que irei relatar aqui logo, logo......bem e ai que começa o fim da viagem e o que deveria ser o início dessa estória! .......já voltando da minha jornada da argentina e de quase todo norte de lá, lugares que conheci de forma exploratória e aventureira, vários paradises, mesmo!!!!!!!!! Bem, voltando!...... Parei em salvador antes de voltar pra belém, essa cidade me faz muito bem, é meio que espiritual a necessidade de estar aqui de vez enquando....e logo, logo, por bem mais tempo........

Então num desses rolés com meu irmão, sem a menor pretensão num dia bonito de lua minguante, porém bem irradiante, paramos num bar onde estavam vários amigos dele e amigas. Quando entramos, fui comprimentando as pessoas que lá estavam, uma amiga bem bonita de meu irmão que já conhecia de outrora, juciara, estava lá, e sentada ao seu lado uma moça linda com o sorriso que poderia complementar a lua para que ela se transformasse em lua cheia naquela noite, sorriu pra mim e me abraçou forte, fiz o mesmo por instinto. Talvez pela surpresa boa que viria pela frente........ao mesmo tempo que abraçava ela, perguntava a juciara se ela havia dado meu recado a Joice, (um grande beijo que lhe havia mandado).
A primeira vez que conheci juciara foi quando soube que ela era amiga de Joice e havia lhe encarregado de transmitir um beijo meu a ela. Isso antes de ir para argentina...................ai vem aquelas peças que só o destino nos pode pregar.................era Joice a mulher que havia abraçado. Ela continuava com o mesmo brilho de quando eramos criança. Confesso que a abracei sem saber quem era.......Bem fiquei muito, mas muito feliz mesmo em vê-la ali na minha frente, então foi meio que um transe, acho eu que ela não percebeu, mas enquanto conversavamos, me dividia em adimira-la e tentar formular as frases de nossa conversa. Ela confessou o quanto ficou feliz em me ver, assim como eu a ela. Conversamos no bar até o momento em que o garçom anunciou a saidera. Bem, eu não estava bebendo naquela noite, então nos despedimos todos e fomos embora.....porém não antes de marcarmos um encontro na quinta, ou seja, dois dias depois.....

Na quinta saimos, e posso dizer que, me sentia num trem indo para as estrelas, aquela menina de antes, agora era uma mulher cada vez mais maravilhosa, linda e com um senso de humor que realmente é muito, mais muito raro numa mulher.....fui me encantando cada vez mais.....até que, como uma abelha procura o doce mel, procurei seus doces lábios, nos beijamos.......foi um beijo que revelou uma complicidade inocente de tempos atrás........certas sensações não tem palavras..........com tantas boas surpresas só posso crer que me sinto muito iluminado por ele.......já que o melhor lugar do mundo é aqui.......e agora! Sigo em frente caminhando pelo mundo, esperando gratas surpresas como essa, para que possa guardar nos bons momentos da minha vida!.......esse mundo é mesmo um moinho, já dizia o mestre Cartola.
Bem sigo meu caminho, no ar por ai! E a Joice ...............além de deixar uma enorme saudade em mim, desejo a ela toda a felicidade que uma pessoa possa ter nessa vida. Acredito que com seu brilho, ela ainda irá encantar muito mais pessoas por esse mundo afora!
A foto abaixo? Foi tirada nas Ruinas de Quimes, e já é outra estória.