quinta-feira, 2 de julho de 2009

Velho Muddy!

Como era bom o velho blues. A boa música cantada com alma e sonoridade incomparável! Blues do som de violão, da velha guitarra, uma gaita incapaz de ser esquecida, uma sonoridade que só a bateria despretensiosa porém bem pulsante consegue ter. E o piano? o piano é tocado quase como um instrumento de percussão, que de fato ele é, e ainda aparece no momento exato para suavizar a voz rouca do muddy, que carrega toda uma vida de choros silenciosos, travados no campo no sul dos EUA, mas precisamente no mississippi. Toda essa magia pode ser sentida na alma quando se ouve o velho blues, parece acontecer uma mistura de sensações que vai de tristeza até o espasmo que toma conta do corpo, fazendo com que ele mexa sem parar, dos pés a cabeça. É isso aí velho Muddy play the blues!



domingo, 14 de junho de 2009

Viagem ao Valle de Cachi até Iruya

Para assistir melhor esse vídeo click duas vezes no vídeo.


segunda-feira, 8 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O passado e o futuro. Ou seria o futuro e o passado?!!












Sinto realmente falta de muitas coisas que já fiz e outras que ainda irei fazer como:

Sinto falta de ouvir mais miles davis, charlie parker, john lee hooker, sinto falta de ler mais, fernando sabino, adoro os contos do cara, foi lendo um de seus contos, que do título criei meu primeiro conto.

E sinto falta também de ouvir mais bob marley....lembro que meu irmão mais velho, gostava muito de ouvir bob marley, ainda gosta, porém acho que já não ouve tanto, uma vez lembro bem, numa viagem de volta de um hollywood rock desses maravilhosos da vida, cheio de shows inesquecíveis!
(...)Vinhamos no banco de traz do carro, cada um com seu walkmam, cada um dos 3 irmãos ouvindo seu som! O do mais velho era só bob marley, como eu não havia percebido antes?!

Bob marley, irmão mais velho.....globo tudo haver!

Hoje a ficha cai direitinho. Eu ainda não curtia reggae, era rockeiro demais pra isso, acho que reggae talvez tenha sido uns dos últimos estilos musicais que aprendi a gostar, porém hoje em dia é um dos que mais gosto!

Sinto falta de pintar mais, jogar a tela de 2x3m no chão e pintar, ou até uma de 20x30cm, sinto falta de pintar uma parede toda branca sem ter dia pra acabar!

Sinto falta da minha casa de 3 andares onde o primeiro andar é o studio de ensaio e gravação, o segundo uma espécie de studio de fotografia e galeria de arte, e finalmente no terraço, o lar doce lar: com um belo bar e cozinha tudo projetado por mim.

Sinto falta de mergulhar mais no mar, com óculos de mergulho, pé de pato, tubo e um arpão.

Sinto falta de tocar em shows, isso eu sinto muito, sinto falta de tocar com meu amigo Ordep, lembro de uma banda que fizemos ele, eu, meu irmão mais novo, China, Marcão(o Macarrão) e Dada. Chamava-se orelha de Van Gogh, que por sinal é o meu pintor impressionista predileto. Mas falando da banda, depois do cascadura, foi a banda que mais me dediquei, era um som que misturava tudo: afoxé, rock, pop, baião, e muita ordepinia, é assim que defino o som que Ordep tirava daquela guitarra, o cara é bom pra caralho!

Essa banda acabou sendo a base pro som que Ordep fez após o Orelha, juntou uma moçada muito boa, e criou o Lampirônicos, uma banda de Salvador que tem dois discos muito bons.

Sinto falta de produzir mais móveis na escola que dou aula pra crianças carentes, falo a elas muito do que cada uma pode ser quando acredita em sí, e corre atrás do que é seu. Nessa hora vejo em seus olhinhos um brilho que não tem preço... essa é a melhor parte!

Sinto falta de sair pra dançar mais. Dançar sem hora pra acabar. Sinto falta de beber mais, com os amigos. Sinto falta de fotografar mais. Sinto falta de andar pelo Rio Sena.

Sinto falta de acender um baurete de 12 euros, o baurete mais caro do coffe shop, mas também, meu filho, põe o capacete, porque a nave decola! ah decola!

Sinto falta de conversar mais com meu amigo Acilon. Sinto falta da vanessa também, e sinto mais ainda da Lilíca, toda vez que vou visitar meus irmãos ligo pra ela, mas nunca dá certo nossos encontros.

Sinto falta da família toda junta, sinto falta dos meus irmãos, e já sinto falta dos meus pais, sinto falta da Cancan.... que amiga, como poucas! Hoje tenho a Glauce.

Sinto falta de dirigir pela linha verde até quase a última praia, ou até mesmo as tantas vezes que fui até Trancoso de carro.

Uma vez quando voltávamos, só eu e meu irmão mais novo, ele tinha ido encontrar a sua namorada, hoje esposa, e eu passar 3 dias naquele paradise, íamos voltando e derrepente uma fila no ferry-boat que passava dos 4 km, ia dirigindo e não acreditando, que não chegariamos nem pela manhã pois era muito carro na fila. E assim fui quando percebi estava na frente do portão lateral à fila de milhões de carros que tinha deixado pra trás, quando um funcionário lá de dentro se aproximou, talvez pensando que fosse um carro credenciado, sei lá, só sei que alí, contei a maior mentira da minha vida......o cara chegou perto e eu disse:

– amigo é o seguinte, estamos vindo de Porto Seguro, meu irmão aqui do lado recebeu uma ligação de que sua esposa está na sala de operação, pronta pra ter um neném, precisamos chegar ainda hoje lá.

Mas falei com uma cara! Hoje ganharia um oscar pela expressão.

O cara parou, pensou, caminhou, e voltou, abriu o portão e disse: – pode passar!
Fui entrando parei o carro do lado do cara e perguntei, qual o seu nome amigo. Ele respondeu: Roberto. Falei pro cara, o filho do meu irmão vai se chamar Roberto em sua homenagem! Putz!
Se houver inferno, com essa devo ser indicado a ministro lá embaixo.

Mas porra quem manda a fila ser a maior do mundo, quando vi já estava na frente do portão, não tinha como voltar mais, aí veio esse estalo......quem sabe até não foi Deus que me iluminou naquele momento? Até porque ambos precisavamos estar no trabalho pela manhã, e eu era novo na Leiaute.

Já via a minha cabeça na parede se eu faltasse aquela segunda!

Sinto falta de conversar mais com Joice, sei que sou o maior culpado por isso não ter acontecido. Ou talvez não!......lembro do primeiro dia que saímos pra conversar, foi muito bacana.

Sinto falta de atravessar o mar de barco, até morro de São Paulo, ou Boipeba, e das tempestades que enfrentei voltando de lá, pelo menos umas duas vezes.
Sinto falta do meu amigo Daniel Wildberger, que hoje mora no Alabana, com sua esposa Bel. Ano que vem vou visitá-los!

Sinto falta de descer a avenida do contorno à noite de carro, e ir quase até os alagados, quando se podia fazer isso, passeando com vários bauretes!
Ainda não fotografava, perdi grandes fotos!

Sinto falta de treinar natação no porto da barra à noite com a equipe da Associação Atlética. Lembro que o professor ia num caiaque remando e gritando pra porra da equipe natar mais rápido.

Sinto falta do capão, de lençois de acampar em Seu Daí!

O copo está vazio de novo, vou enche-lo novamente, essa vodka é muito boa!
















sábado, 23 de maio de 2009

1973



Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...

Quando baixei essa foto, eu descobri que a soma de seus números resultava em #1, tanto sobre a foto quanto a soma dos números revela muito do que poderia dizer sobre eles. Antes de mais nada não sou daqueles loucos que tem problemas em perseguir um número ou ser perseguido por ele. Simplesmente gosto de escrever, e aproveito o momento para isso. Chove tanto lá fora!
Um auto-retrato, ou na nova regra, autorretrato, como queiram! É errado eu sei, mas fico com auto-retrato, tem uma plástica melhor e além disso sou das antigas.
Gosto muito dessas fotos onde você pode se ver de vez enquanto. Elas revelam com o passar do tempo, tudo o que você foi, é, ou poderá ser!

Tenho realmente um gosto muito grande pela fotografia, para mim ela é nada mais do que o registro da parada do tempo, naquele momento! E quando você imprime ou simplesmente guarda no computador, você tem ali um pedaço do tempo, e pode rever a qualquer momento.

Em vários momentos você se pergunta quem sou eu? o que sou eu? Todo mundo procura por si, todo mundo se pergunta, o que vim fazer nesse mundo?
Ver minha imagem me ajuda muito responder a mim mesmo, quem sou eu! Ou no mínimo paro pra me questionar, pensar, rever minhas direções, meus caminhos.
O meu caminho eu ainda estou fazendo, existe na verdade dois tipos de pessoas no mundo, as pessoas que pensam e nada mais, e as pessoas que pensam e põe o pensamento em prática!
Tô tentando ser o da parte prática.

Já descobriu de que lado você está?

Apesar de que, quando você entra num ciclo vicioso, rotineiro, fica difícil sair dele, até porque você não nota que ali é um ciclo, você só rompe esse ciclo quando o ciclo rompe com você.
Ou seja, você se acostuma a fazer as mesmas coisas com namorado ou namorada por exemplo. Aí quando o namoro acaba você vai tomar atitudes diferente, vai correr atrás de novas emoções, novas companhias, novos bares, novos lugares. Ou, cai num poço profundo, que nem as tranças de rapunzel conseguem tirar você de lá. E por aí vai, rotina no trabalho, na faculdade, na vida!
Tenha medo da rotina! É aí que entra o auto-retrato!
No meu caso, quando me sinto assim, numa rotina desnecessária, me questiono, e logo corro atrás e procuro mudar isso. Tenho pela frente uma grande mudança e estou me preparando pra isso, as grandes mudanças exigem grandes planejamentos. Meta, esse é o nome! Quem tem meta tem tudo. Até porque tudo é possivel quando se quer, se você não consegue, talvez você precise se olhar mais no espelho!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Salinas Grande 2ª parte

Eu já vi escultura de um monte de coisas, areia, ferro, borracha, plástico, frutas, mirití, e por aí vai, mas sal.... Primeirona!
A princípio parecia que estava indo em direção a uma grande área coberta de neve, mas o calor, e aquele dia bonito de um céu lindo, não deixavam os meus olhos me enganar!

Assim que fomos nos aproximando, aquilo tudo parecia cada vez mais incrível, é realmente uma daquelas paisagens que você precisa conhecer pra crer.
E poder sentir ali, uma sensação diferente, uma sensação real, de que deus existe. Como se já não tivesse sentido essa sensação outras tantas vezes!!!!!!
É uma única estrada que corta aquela imensidão de sal, cercada de montanhas com neve no topo.
Loucura, Papito!

Quando o carro parou, o motorista, um senhor gente fina, tratou de avisar a nós três.

– Mirra! Tenemos 1 hora para camiñar, depues nosotros voltaremos à pumamarca.

1 hora, putz! Pensei, 1 hora, eu ficaria ali por muito mais tempo. Tanto Nícolas, quanto Neal e eu, tratamos de ir explorar aquele lugar magnífico. De cara, tratei de esvaziar a bexiga, achei um banheiro químico no fundo da casa.
A casa por sinal, só não tinha o teto e janelas construídos de sal, mas tanto as paredes, quanto o interior eram de tijolos de sal, além de mesas e cadeiras. Haja sal!
Caminhei por aquele imenso saleiro, e o som da minha bota no sal, fazia um rangido, que parecia que eu estava arrastando a bota no chão. Ainda bem que eu havia lembrado de trazer os óculos escuros, caso contrário eu não enxergaria nada, o reflexo da luz do sol no chão de sal, ofusca qualquer um, mas tem gente que arrisca!
Então fui caminhando, era sal, sal, sal e mais sal. Sal pra Caraleo!

A área é tão grande que se pode caminhar por várias direções, e se você caminhar por uma direção onde as pessoas não costumam ir, você vai se distanciando cada vez mais, de tudo. Chega um momento que não se vê mais ninguém, não pela distância caminhada, mas porque o sal causa esse efeito, 10 minutos de caminhada em direção reta, é o suficiente pra isso.

Ao me distanciar experimentei tirar os óculos, vi um clarão tão grande que cheguei a ter a impressão de que estava ali sozinho naquela imensidão. Nesse momento, só ouvia, o som do vento. Ainda hoje se eu fechar os olhos consigo ver aquele clarão.

Dá pra sentir uma tranquilidade, uma paz! Nessa hora dá uma saudade da família danada....e ao mesmo tempo um sentimento bom de se estar ali sozinho.....É uma mistura de antíteses!

Derrepente bate um silêncio, que até o pensamento fica mudo. E aquele clarão! O lugar realmente transmite diversas sensações. Só restava então ficar ali em pé, recebendo toda aquela energia..... é tão bom se sentir em total realeza com a natureza.

Já se passavam quase 1 hora fui caminhando de volta pro carro e encontrei Nicolas, próximo às piscinas de sal, onde se armazenam o sal, pra depois extrair. São várias piscinas, uma após à outra dá pra perder de vista!

Antes de voltarmos ao carro ainda passamos nos espelhos de sal, pra fazer umas fotos, que ficaram iradas.
Esqueci o cabo da filmadora na casa do meu irmão em buenos! Mas lembro de ter filmado isso. Assim que der vou por uns vídeos da viagem aqui. Faz parte do projeto!
























terça-feira, 19 de maio de 2009

Alvo Certo


Mais se fala em cantar
Mais se espalha música
Mais desce o que do céu nos cresce
Mais a gente dá a mão
Mais se toca o coração
Mais sobe do chão nossa união

Faço violão meu bastão
Do meu bastão voador
Vou até onde der
Vou e vou aonde ninguém chegaria a pé

Parece que sempre cresce o sentimento
da espécie quando você aparece
E nosso pouso é sempre no alvo certo.....


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Versos pra ninguém (Pausa)

De vez enquando vou postar umas letras que escrevo, só pra quebrar o gelo, não se refere a ninguém especifico, mas poderia ser!

Sinto sua falta claro como a água
Podíamos estar juntos
Nesse exato momento

O que sinto é tão bonito
Que não posso chamar por
Outro nome

Vem! segura minha mão
Vamos até o fim do mundo.

Vamos migrar com
os pássaros no inverno,
E deixar que os anjos soprem
em nossa direção toda
a felicidade no verão.

Podemos alcançar
Cometas e segredos
Que precisam dizer
Mais sim do que não.

E se o escuro vier
É só deixar que as estrelas
brilhem em seus olhos
tudo que senti por você.

Sem você essas lacunas
Estão cheias de um triste
Vazio.

Então vem!
Segura minha mão.

Vamos migrar com
os pássaros no inverno,
E deixar que os anjos
soprem em nossa direção
toda a felicidade no verão.




Fiz essa foto num momento mágico, no fim de tarde
na Baía do Guajará. Sempre que quero me sentir distante, 
vou a esse lugar. E é ao mesmo tempo um 
dos lugares mais paraenses que aqui há!









segunda-feira, 27 de abril de 2009

Salinas Grande



Chegar a Salinas Grande não foi nada fácil.


Depois de uma noite não muito boa de sono, já que eu havia comido uma parrillada naquela noite, fato que me custou uma dor de barriga. 
Nada de mais, porém dor de barriga é sempre muito chato. 
E não dá pra dormir muito bem após devorar uma parrillada.

No dia seguinte acordamos um pouco mais cedo, queriamos aproveitar o máximo as trilhas próximas a pousada, e ainda iriamos para Salinas Grande, que é bem mais distante.
De Pumamarca até Salinas são quase 126 km, subindo e descendo montanha, chega-se a 4170 km do nível do mar. Eu fui literalmente nas nuvens. A essa altura as nuvens causam pouca visibilidade à estrada, mas o motorista conhecia muito bem aqueles caminhos.

Para ir a Salinas é necessário fretar um carro, que nos leva até lá, só que! 
Para alugar um carro, é preciso de pelo menos 3 ou 4 pessoas, do contrário o aluguel do frete sai muito mais caro.

Fomos para o ponto de onde saem os carros pra Salinas, falamos com o responsável pelo frete, como era somente eu e nicolas, ficamos esperando a 3ª e a 4ª pessoa para sairmos.
O frete custava 50 pesos por pessoa. Ficamos ali horas, esperando alguém pra dividir o frete. 
E nada, até que cansamos de esperar. Já era quase meio dia, resolvemos almoçar e ir conhecer outras trilhas. Porém antes de partimos, avisei ao homem responsável pelo aluguel, que se pintasse alguém querendo ir para Salinas, que ele nos procurasse na pousada.

Depois de caminhar um pouco pelos arredores de Pumamarca, voltamos pra pousada pra preparar o almoço. Havia sobrado dois pedaços da parrillada da noite passada, e para complementar compramos uns ovos, e o material para a salada. Como havia sobrado da noite anterior bastante arroz, só seria necessário esquenta-lo. 
Mas.......Enquanto fritava os ovos com cebola e tomate, não pude perceber! 
A Gatinha siamesa havia surrupiado duas grandes costelas que havia sobrado da parrillada, os dois únicos pedaços.
Putz! Fudeu! Iamos comer ovo mexido arroz e salada. Gata fila de uma cachorra! 
Tarde demais! É, fazer o que? quem manda serem manés, perder pra uma gatinha siamesa!
E dá-lhe ovo mexido, arroz pra caramba, e uma salada bacana. 

Não sei por que mais aquele ovo estava com um gosto de costela!!!!!! Zé.

Depois do rango fui me deitar, nicolas resolveu fazer o mesmo. Só faltou o baurete! 
Geralmente eu dormia ouvindo um sound no mp3.........quando se tira o pouco tempo que se tem pra descansar na viagem, você precisa apertar no botão de off ! Porque precisa guardar energia, não existe meia descansada......ou descansa ou se cansa mais ainda lá na frente.

Depois de quase 1h de apagão. Alguém batia na porta! Batia forte, acho que já batia a um bom tempo. 

Era Eusebio, o dono da pousada, nos chamando, tinha alguém querendo falar com a gente. Era o homem do frete, ele veio nos avisar que tinha mais uma pessoa querendo ir pra salinas.
 
Pensei. Massa! Perfect! Caso não fossemos a Salinas naquele dia, teríamos que ir no dia seguinte, ou talvez até não ir.

Preparamos as mochilas básicas e descemos pro ponto dos fretes. Chegando lá tinha um cara magro e um pouco mais alto do que eu nos esperando, e o motorista. Depois de combinarmos o preço, partimos. 
Quando o motorista deu a partida nos apresentamos. O cara se chamava Neo, como o personagem de Keane Reeves em Matrix, porém a semelhança de Neo no Brasil é Nilton, como o cara tinha morado no Brasil e falava um português meio alemão, inglês. Eu só o chamava de nilton. 

Nilton assim como nós, estava ali esperando alguém para dividir o frete a um tempão, o homem do frete só lembrara tempos depois o que eu havia dito a ele. 

Nos primeiros quilômetros ao subir a montanha, o lugar anunciava a beleza de visual que viria pela frente. A montanha que subiamos proporcionava uma visão única das montanhas ao redor, eram cores que se misturavam, numa mesma montanha, uma mistura de tons sobre tons, muito bonito. Essa viagem só tinha uma única parada, que era no topo da montanha à 4170 m. 
Foi o ponto mais alto que cheguei nessa viagem......



















segunda-feira, 20 de abril de 2009

Caminhando... - Cap 2




Tirei essa foto do meu amigo nicolas, caminhando na estrada, me fez lembrar, quantas vezes coloquei o pé na estrada? Não sei, mas foram muitas!

Sempre gostei de viajar, quem não gosta?

Acho que herdei esse pé na estrada de meus pais.
Desde pequeno meu pai costumava junto com minha mãe, colocar todo mundo no carro e pegar a estrada. Eramos 6, quatro filhos, meu pai e minha mãe, num carro tipo perua, sempre iam dois lá atrás, junto com as malas, pra sobrar mais espaço no banco de trás, onde geralmente ia um convidado, que dividia o banco com meus outros dois irmãos.
Muitas vezes era o Reis, amigo do meu pai e da familia.

Não preciso nem dizer quem desfrutava do bagageiro, junto as malas!
Tudo bem, eu nunca estava só, meu irmão mais novo era o outro sortudo.

Na verdade adoravamos estar alí atrás, era muito acolchoado. E muito bem por sinal. Minha mãe era experte em deixar aquele bagageiro super comportável, para os dois caçulas dela. Mãe, é mãe! Iamos cantando várias músicas que lembravamos, minha familia sempre gostou muito de música. Aos 7 anos já conhecia Beatles, Paul e Lennon solo, e por ai vai. Meu pai colecionava discos, chegamos a ter quase 8 mil discos em vinil. Essa mania de colecionar discos trago comigo até hoje.
Bem, mas o fato é que viajavamos muito. A família toda, pelo menos uma vez ao ano.
Percorriamos distâncias do tipo: Belém - Rio, Belém - Salvador, numa época onde não havia muitos postos de gasolina nas estradas, então não podiamos nos dar o luxo de se perde no caminho, até porque, era uma viagem calculada pra se chegar no próximo posto, quando a distância utrapassava o tanque, levavamos um galão dentro do carro, pra encher o tanque caso faltasse gasolina. Não era uma atitude muito legal, mas fazer o que? ou era isso ou não viajavamos.

Daí talvez tenha vindo esse espírito de dar asas aos meus pés.
Quando postei essa foto, era como se estivesse me vendo caminhando nessa estrada.

Apesar da foto dar a impressão de estarmos partindo, na verdade estavamos chegando. Tinhamos saltado do ônibus no 0km dessa estrada, e a vila ficava à
3 km, estrada acima.
Vinhamos de Salta, uma cidade muito bonita e cheia de surpresas também.
Foi em Salta, o único lugar onde consegui falar português. Lá conheci uma bailarina brasileira numa noite bem agitada era um sábado. Ela era paulistana, e fazia parte do balé municipal, uma mulher muito linda mesmo! Enquanto conversavamos pude conhecer suas amigas que também eram do balé. Parecia que eu estava num rosário, porém a brasileira dava de 10. Brasileira é a melhor mulher do MUNDO!!!!!!

O papo estava bom demais pra ser verdade, quando derrepente, não sei de onde, surgiu um amigo bailarino dela, rodopiando como um peão descontrolado, e parou bem na nossa frente, foi só o tempo dela me apresentar a ele ou ela, sei lá, o cara era chileno!
E mais nada, ele saiu rodopiando novamente, do mesmo jeito que tinha chegado, só que dessa vez levando Têe pelas mãos. Ela se chamava Têe, nome estranho é verdade, mas ela era linda!
E com ela, se foi todo o grupo do balé de Salta, pra pista dançar. E eu dancei.
Naquela noite eu não estava nem um pouco a fim de dançar, até porque eu estava com uma bota de trekking, sem combate!
Fiquei alí no balcão bebendo uma cervejinha, na verdade a garrafa era de quase 1 litro. Meus dois amigos, nicolas e diego estavam conversando com uma chica. Já era bem tarde, eu e nicolas resolvemos voltar pro albergue, Diego, ficou lá se aventurando com a chica. Iamos partir naquela manhã de domingo.

Seguindo a rota, a próxima cidade seria Jujui, porém resolvemos não parar lá, e sim, seguir para Pumamarca, a cidadezinha que na verdade era quase uma vila, cheia de encantos e lições pra dar.
Essa foto de nicolas acima, é na estrada caminho pra Pumamarca.
Partimos de Salta quase 1 da tarde, Diego resolveu ficar, talvez por causa da chica, ele estava empolgado com a menina. Demos risadas da situação e seguimos em frente.
Já no ônibus, passamos pela cidade de Jujui, que não me acrescentou em nada, Jujui parece uma pequena cidade do interior brasileiro, que cresce desorganizada. Não é uma cidade bonita!

E uma hora depois de Jujui, no meio da estrada, descemos, a caminho de Pumamarca.
Depois de 3 km de caminhada, chegamos na vila, já estava escuro.
Chegar à noite é sempre mais difícil para se encontrar um lugar pra ficar, depois de tanto procurar, acabamos nos hospedando num hotel pousada, que também era a casa da família do Sr. Rodriguez.

Como não haviamos comido nada, saimos pra comprar carnes e verduras para assarmos uma parillada. Estavamos com sorte, havia uma carniceria aberta.
É assim que se chama uma mercearia que também vende carne, por lá.
Fizemos a parillada, que por sinal ficou muito boa. Após comer quase tudo, sobrou apenas dois pedaços de costela.
Fui me deitar estava bem cansado. Na manhã seguinte iamos visitar Salinas Grande, um local imenso e belo, de onde se brota o sal no chão.



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Capítulo 1

Na verdade nem queria entrar nessa caverna, fiquei todo tempo do lado de fora.
Até porque a caverna era pequena e já havia 3 pessoas lá dentro, fiquei mesmo do lado de fora aproveitando a sombra que a rocha da caverna criava naquela tarde de muito, mas muito sol.
Mas assim que os 3 sairam, (o cachorro ficou!) eu entrei, el perro......... "perro" é cachorro em castelhano. Realmente lá dentro estava uma sensação térmica muito boa!
Depois entendi porque o cachorro não tinha ido com os outros.......Esses cachorros são mesmo muito espertos!


Por todas as cidades do norte da Argentina que passei, todas..... havia sempre um cachorro que nos acompanhava. Pra onde quer que fossemos ele iria, desde um supermercado, a uma trilha junk de caminhadas subidas e descidas, entre rochas e riachos, subindo ou descendo serras entre montanhas.
Inclusive numa dessas trilhas, uma que passava por 4 cachoeiras, e ainda tinha a 5ª.
Que por sinal não fui! parei na 4ª. Encontrei um cachorro, que só conseguiu voltar porque me seguiu. Ele estava perdido! Acho que ao seguir alguém, ele não se garantiu e ficou pela 4ª cachoeira, assim..... como eu!
Se ele soubesse que eu também não sabia muito bem o caminho de volta, talvez ele não viesse atrás de mim.

Por várias vezes mostrei o caminho pra ele, muito difícil diga-se de passagem....eram saltos e mais saltos de uma pedra a outra, na beira do rio . O cachorro era pequeno, desses que são mistura de cachorro de raça e vira lata.


Sempre gostei dos vira latas. São mais amigos e confiáveis, talvez por, na maioria das vezes, a ele, só lhe restar esse atributo!


Como ia dizendo, o cachorro veio me seguindo da 4ª cachoeira até a entrada da trilha......um pequeno detalhe que ia me esquecendo de mencionar, a água do rio, devia estar entre 10 e 5 graus, geladíssima era apelido!


Porém ele tinha que se jogar no rio para atravessar a trilha, fazer o quê? ele não sabia voar!


Dava até pena de ver o bichinho. Toda vez que conseguia atravessar o rio, ficava tremendo naquele vento frio, no outro lado do leito.
Já era quase fim de tarde, ia começa a esfriar....às cidades do norte ficam entre vales ou até mesmo em cima de um.... sempre faz frio à noite!


Mas entre saltos e nadadas no rio gelado, o cachorro que me seguia, conseguiu chegar na entrada da trilha....teve sorte! quantos outros se perderam e não conseguiram voltar.
Ele devia estar bastante aliviado, sabe-se lá quanto tempo ele devia estar naquela agonia de encontrar alguém para que ele pudesse seguir.


Dai comecei a tentar entender porque aquela necessidade dos cachorros seguirem os turistas, pra tudo quanto era lugar. Claro que havia os mais espertos, só seguiam as pessoas na hora do almoço, esperando que a quem ele fosse seguir, caminhasse a um restaurante e pedisse uma parillada, pronuncia-se "parilhada", um tipo de chapa mista, carne de carneiro, de boi, frango e umas salsichas de diversos tipos e sabores, geralmente com ervas!


O sonho de qualquer cachorro........ porém nos restaurantes também haviam cachorros, provavelmente da casa e geralmente bem grandes. Sempre embaixo da mesa, na dele, soberano, só levantava se a pessoas lhe oferecesse alguma carne ou salsicha....... ai meu filho até eu!
Como os cachorros grandes ficavam lá, os menores ou até outros do mesmo tamanho, sempre respeitavam aquele cachorro que alí estivesse....... até os cachorros são civilizados na argentina.
Mas às vezes alguém arremessava longe, um pedaço de carne pra algum cachorro, que se deliciava com aquele osso.


Pois é! Mesmo que quisesse não poderia estar sozinho nesta viagem, havia sempre um "perro" me seguindo, trazendo a benção de São Cristovão!




Sobre a foto! .....................é só uma foto, não me lembro de estar pensando em algo expressivo nesse momento. Hoje ela me faz refletir muito mais, do que na hora em que estava lá.








sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um trem para as estrelas.....

Acho dessa vez vou começar pelo fim, quer dizer, não é o fim, fim, fim....
bem deixa pra lá. Engraçado como a vida guarda surpresas, e confesso que, cada vez mais surpreendentes!!!!!!!! Quando adolescente fiz tantas coisas, até muito mais que a maioria das pessoas da minha idade. Como por exemplo aos 17 anos, já era produtor executivo de comerciais em salvador, claro, que da agência do meu pai, nenhum outro louco daria um cargo desses a um jovem de 17 anos, porém macaco velho que meu pai era e é!
Ele não faria isto caso não confiasse em mim. Além de que, ele estava sempre cobrando todas as tarefas que me eram dadas......eu era responsável pela arte do cenário, alimentação da equipe, transporte e ajudava no processo de seleção dos e das modelos dos comerciais, (além de outras coisas mais!) .....mas bem antes disso, eu próprio já havia gravado muitos comerciais como modelo, posso dizer que cresci dentro de estúdios de gravação, meu primeiro comercial eu devia ter uns 17 meses....esse eu não lembro mesmo (ainda morando em belém).
E por isso que talvez, tenha gravado alguns mais, já morando em salvador. Conheci muita gente interessante ao longo desse caminho de comerciais, pessoas tão importantes na forma de ser, de agir, de caráter, suas personalidades...

Enfim, tudo que vale apena observar e aprender no corportamento de outra pessoa e tentar praticar em você mesmo! Num desses comerciais que fiz, ainda como modelo, devia ter uns 11 ou 12 anos. Logo quando viemos morar em salvador........estava esperando o momento da maquiagem, pra logo após começar a gravar o comercial. Quando vi pela primeira vez aquela garota pequena na época.....porém muito linda, com rosto de boneca, sorriso sincero e alegre, daqueles que você se apaixona no exato momento em que vê. Joice, esse é o seu nome. Apesar de toda simpatia, educação e um pouquinho de timidez, não demorou muito para nos apresentarmos. Aquele foi o primeiro de alguns outros que gravamos juntos, e todas as vezes que sabia que ia gravar um comercial com ela, já me vinha a mente aquele sorriso lindo que marca você pro resto da vida.

E assim o tempo foi passando fomos crescendo eu parei de trabalhar como modelo e posteriormente como diretor executivo......já fazia artes plasticas na UCSAL, mais uma vez sabiamente meu pai me chamou pra trabalhar com ele, como ajudante de arte.
Era uma nova era, a do computador na propaganda bahiana.......então fiz cursos no rio, em salvador, lia livros, tomava aulas com profissionais da área......assim fui adquirindo conhecimento e prática, e com um pouco de talento que herdei de meu pai, me tornei diretor de arte.......o tempo foi passando.....passando.....mas de vez enquanto me lembrava do sorriso de Joice, de seu belo rosto....ficava desejando, imaginando reencontra-la novamente, ao longo dessa vida! Só pra ter novamente o prazer de ver aquele sorriso que tanto me marcou.

Nas minhas férias de 2009 planejei fazer um projeto com a viagem que faria. Essa viagem é outra estória, que irei relatar aqui logo, logo......bem e ai que começa o fim da viagem e o que deveria ser o início dessa estória! .......já voltando da minha jornada da argentina e de quase todo norte de lá, lugares que conheci de forma exploratória e aventureira, vários paradises, mesmo!!!!!!!!! Bem, voltando!...... Parei em salvador antes de voltar pra belém, essa cidade me faz muito bem, é meio que espiritual a necessidade de estar aqui de vez enquando....e logo, logo, por bem mais tempo........

Então num desses rolés com meu irmão, sem a menor pretensão num dia bonito de lua minguante, porém bem irradiante, paramos num bar onde estavam vários amigos dele e amigas. Quando entramos, fui comprimentando as pessoas que lá estavam, uma amiga bem bonita de meu irmão que já conhecia de outrora, juciara, estava lá, e sentada ao seu lado uma moça linda com o sorriso que poderia complementar a lua para que ela se transformasse em lua cheia naquela noite, sorriu pra mim e me abraçou forte, fiz o mesmo por instinto. Talvez pela surpresa boa que viria pela frente........ao mesmo tempo que abraçava ela, perguntava a juciara se ela havia dado meu recado a Joice, (um grande beijo que lhe havia mandado).
A primeira vez que conheci juciara foi quando soube que ela era amiga de Joice e havia lhe encarregado de transmitir um beijo meu a ela. Isso antes de ir para argentina...................ai vem aquelas peças que só o destino nos pode pregar.................era Joice a mulher que havia abraçado. Ela continuava com o mesmo brilho de quando eramos criança. Confesso que a abracei sem saber quem era.......Bem fiquei muito, mas muito feliz mesmo em vê-la ali na minha frente, então foi meio que um transe, acho eu que ela não percebeu, mas enquanto conversavamos, me dividia em adimira-la e tentar formular as frases de nossa conversa. Ela confessou o quanto ficou feliz em me ver, assim como eu a ela. Conversamos no bar até o momento em que o garçom anunciou a saidera. Bem, eu não estava bebendo naquela noite, então nos despedimos todos e fomos embora.....porém não antes de marcarmos um encontro na quinta, ou seja, dois dias depois.....

Na quinta saimos, e posso dizer que, me sentia num trem indo para as estrelas, aquela menina de antes, agora era uma mulher cada vez mais maravilhosa, linda e com um senso de humor que realmente é muito, mais muito raro numa mulher.....fui me encantando cada vez mais.....até que, como uma abelha procura o doce mel, procurei seus doces lábios, nos beijamos.......foi um beijo que revelou uma complicidade inocente de tempos atrás........certas sensações não tem palavras..........com tantas boas surpresas só posso crer que me sinto muito iluminado por ele.......já que o melhor lugar do mundo é aqui.......e agora! Sigo em frente caminhando pelo mundo, esperando gratas surpresas como essa, para que possa guardar nos bons momentos da minha vida!.......esse mundo é mesmo um moinho, já dizia o mestre Cartola.
Bem sigo meu caminho, no ar por ai! E a Joice ...............além de deixar uma enorme saudade em mim, desejo a ela toda a felicidade que uma pessoa possa ter nessa vida. Acredito que com seu brilho, ela ainda irá encantar muito mais pessoas por esse mundo afora!
A foto abaixo? Foi tirada nas Ruinas de Quimes, e já é outra estória.




sábado, 14 de março de 2009

Sentir-se bem é muito bom!

Sensação indiferente de onde se está, é assim que começo a perceber os lugares por onde passo, nesse momento aqui em buenos aires visitando meu irmão, consigo me sentir em casa, apesar de estar bem distante dela, pero...digo, se estivesse em casa nesse momento estaria me sentindo da mesma forma, começo a acreditar que sua casa é onde você está. E assim me sinto bem nesse momento, acho que estar aqui com meu irmão também facilita muito para que me sinta em casa.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Ir a dentista às vezes faz bem

O dia amanheceu com uma garoa que já foi típica de belém. Meu pai me contou que 20, 30 anos atrás essa garoa era mais comum, porém na época era o dia todo!
Acho que a cidade hoje está saudosista, já que a garoa persiste!
Hoje acordei mais cedo, tinha uma consulta marcada na minha dentista, (muito competente por sinal), como eu sei que ela sempre se atrasa, fui me arrumando sem muita pressa.

Fui o primeiro a chegar no consultório, a atendente veio abrir a porta pra mim, (preciso gravar o nome dela, ela é sempre muito atenciosa comigo), o consultório dela fica num prédio moderno, desses bem bacana.
Enquanto a atendente arrumava o consultório, uma paciente tocou a campainha, nesse momento eu estava folheando uma revista, mas olhei pelo canto do olho ela passar, não queria ser indiscreto. Ela sentou numa poltrona bem do meu lado, não demorou muito se virou e me perguntou.

– Qual é o seu horário?
Ai respondi
– 8:30, mas ela sempre atrasa!

Rolou aquele silêncio meio desconfortável, não sei porque achei que ela queria puxar conversa. Então perguntei.

– E você qual é o seu.

Ela respondeu, dizendo que era das 9, então não pude me conter e comecei a puxar conversa.
Engraçado as possibilidades que as pessoas tem de se conhecer, e os diversos lugares também, às vezes os mais inusitados, como num consultório.
Mirlei, ela se chama mirlei, achei muito diferente esse nome, nunca havia conhecido alguém com um nome assim antes, bem estranho, tenho que admitir.
Mas diferente do nome ela era bem bonita, uma morenaça, estava de férias e visitando a mãe que mora aqui, ela mesmo mora em Macapá. Porém tinha estudado numa universidade daqui, ela é formada em direito.
A conversa estava ficando bem agradável, quando derrepente a atendente (que ainda não gravei o nome) abriu a porta e me chamou – bora, jean!
Nos despedimos ali, ela deu um sorriso daqueles onde você pensa que pena.....podiamos passar horas ali conversando. Entrei na sala, quando acabou o tratamento do meu dente, não podia falar direito, pois estava com muita anestesia na boca, não dava pra falar, né. Mesmo assim ainda deu pra dar um último sorriso de despedida, ai foi a vez dela entrar na sala. Engraçado como a gente conhece as pessoas, de uma hora pra outra, e quantas outras oportunidades a gente perde, por timidez ou acomodação. Pensei em trocarmos email, mas poderia parecer muita pretensão minha, não quis parecer pretencioso, mas fiquei com a sensação de que essa conversa ainda vai se desenrrolar, as pessoas sempre frequentam os mesmos lugares aqui!

sábado, 31 de janeiro de 2009

sábados a tarde

Os sábados à tarde nessa cidade são únicos, esse cheiro de asfalto quente pós chuva ( nem que seja só um pouquinho, mas chove!), registra toda uma lembrança que trago desde criança, justamente por causa desse cheiro de asfalto.
Lembro que morava numa vila onde não tinha asfalto, então quando chovia era um cheiro de terra, o cheiro de terra não lembro muito bem não, mas lembro que tinha, já o de asfalto!......Não demorou muito asfaltaram a vila, esse sim eu lembro muito bem, é mais ou menos o cheiro de asfalto que sinto hoje, como fico as tardes trabalhando, não tenho mais essa oportunidade de lembrar de coisas boas, que esse cheiro me traz.
Lembro que costumava espiava pela janela, através das grades meus amigos, alguns nem tanto assim, passeavam de bicicleta pela vila. Naquela época quase não passava carro na vila. Às vezes se formava uma fila de bicicleta, geralmente comandada pelo pai de alguém ou pelos mais velhos da vila.
Mas essas filas de gente pedalando não se formaram muitas vezes, era só de vez enquando.
Como eu era pequeno, minha mãe só deixava participar quando o meu irmão mais velho Paulo, ia na frente pedalando.
Eu também dependia da bicicleta dos meus irmão, pois eu preferia ganhar carros de controle remoto no natal, então nunca tive propriamente a minha bicicleta. Mas sempre dava um jeito de pegar a de alguém emprestada. ...(continua)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Início

Hoje, data inicial de uma nova era. Momento pré carnaval, momento do Forúm Social Mundial q acontece aqui na minha cidade, momento de escrever, escrever pensamentos, observações, idéias e muito mais.

Primeiras linhas

Primeiras linhas do meu primeiro blog.

Diariamente percorro 4km a pé, entre idas e vindas do trabalho pra casa de casa para o trabalho. Sempre no trajeto observo as pessoas, comportamentos e formulo idéias. Pois é, serão essas idéias que tentarei postar aqui diariamente. Além das viajens que farei durante o ano. E outras cositas más.