sábado, 23 de maio de 2009

1973



Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...

Quando baixei essa foto, eu descobri que a soma de seus números resultava em #1, tanto sobre a foto quanto a soma dos números revela muito do que poderia dizer sobre eles. Antes de mais nada não sou daqueles loucos que tem problemas em perseguir um número ou ser perseguido por ele. Simplesmente gosto de escrever, e aproveito o momento para isso. Chove tanto lá fora!
Um auto-retrato, ou na nova regra, autorretrato, como queiram! É errado eu sei, mas fico com auto-retrato, tem uma plástica melhor e além disso sou das antigas.
Gosto muito dessas fotos onde você pode se ver de vez enquanto. Elas revelam com o passar do tempo, tudo o que você foi, é, ou poderá ser!

Tenho realmente um gosto muito grande pela fotografia, para mim ela é nada mais do que o registro da parada do tempo, naquele momento! E quando você imprime ou simplesmente guarda no computador, você tem ali um pedaço do tempo, e pode rever a qualquer momento.

Em vários momentos você se pergunta quem sou eu? o que sou eu? Todo mundo procura por si, todo mundo se pergunta, o que vim fazer nesse mundo?
Ver minha imagem me ajuda muito responder a mim mesmo, quem sou eu! Ou no mínimo paro pra me questionar, pensar, rever minhas direções, meus caminhos.
O meu caminho eu ainda estou fazendo, existe na verdade dois tipos de pessoas no mundo, as pessoas que pensam e nada mais, e as pessoas que pensam e põe o pensamento em prática!
Tô tentando ser o da parte prática.

Já descobriu de que lado você está?

Apesar de que, quando você entra num ciclo vicioso, rotineiro, fica difícil sair dele, até porque você não nota que ali é um ciclo, você só rompe esse ciclo quando o ciclo rompe com você.
Ou seja, você se acostuma a fazer as mesmas coisas com namorado ou namorada por exemplo. Aí quando o namoro acaba você vai tomar atitudes diferente, vai correr atrás de novas emoções, novas companhias, novos bares, novos lugares. Ou, cai num poço profundo, que nem as tranças de rapunzel conseguem tirar você de lá. E por aí vai, rotina no trabalho, na faculdade, na vida!
Tenha medo da rotina! É aí que entra o auto-retrato!
No meu caso, quando me sinto assim, numa rotina desnecessária, me questiono, e logo corro atrás e procuro mudar isso. Tenho pela frente uma grande mudança e estou me preparando pra isso, as grandes mudanças exigem grandes planejamentos. Meta, esse é o nome! Quem tem meta tem tudo. Até porque tudo é possivel quando se quer, se você não consegue, talvez você precise se olhar mais no espelho!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Salinas Grande 2ª parte

Eu já vi escultura de um monte de coisas, areia, ferro, borracha, plástico, frutas, mirití, e por aí vai, mas sal.... Primeirona!
A princípio parecia que estava indo em direção a uma grande área coberta de neve, mas o calor, e aquele dia bonito de um céu lindo, não deixavam os meus olhos me enganar!

Assim que fomos nos aproximando, aquilo tudo parecia cada vez mais incrível, é realmente uma daquelas paisagens que você precisa conhecer pra crer.
E poder sentir ali, uma sensação diferente, uma sensação real, de que deus existe. Como se já não tivesse sentido essa sensação outras tantas vezes!!!!!!
É uma única estrada que corta aquela imensidão de sal, cercada de montanhas com neve no topo.
Loucura, Papito!

Quando o carro parou, o motorista, um senhor gente fina, tratou de avisar a nós três.

– Mirra! Tenemos 1 hora para camiñar, depues nosotros voltaremos à pumamarca.

1 hora, putz! Pensei, 1 hora, eu ficaria ali por muito mais tempo. Tanto Nícolas, quanto Neal e eu, tratamos de ir explorar aquele lugar magnífico. De cara, tratei de esvaziar a bexiga, achei um banheiro químico no fundo da casa.
A casa por sinal, só não tinha o teto e janelas construídos de sal, mas tanto as paredes, quanto o interior eram de tijolos de sal, além de mesas e cadeiras. Haja sal!
Caminhei por aquele imenso saleiro, e o som da minha bota no sal, fazia um rangido, que parecia que eu estava arrastando a bota no chão. Ainda bem que eu havia lembrado de trazer os óculos escuros, caso contrário eu não enxergaria nada, o reflexo da luz do sol no chão de sal, ofusca qualquer um, mas tem gente que arrisca!
Então fui caminhando, era sal, sal, sal e mais sal. Sal pra Caraleo!

A área é tão grande que se pode caminhar por várias direções, e se você caminhar por uma direção onde as pessoas não costumam ir, você vai se distanciando cada vez mais, de tudo. Chega um momento que não se vê mais ninguém, não pela distância caminhada, mas porque o sal causa esse efeito, 10 minutos de caminhada em direção reta, é o suficiente pra isso.

Ao me distanciar experimentei tirar os óculos, vi um clarão tão grande que cheguei a ter a impressão de que estava ali sozinho naquela imensidão. Nesse momento, só ouvia, o som do vento. Ainda hoje se eu fechar os olhos consigo ver aquele clarão.

Dá pra sentir uma tranquilidade, uma paz! Nessa hora dá uma saudade da família danada....e ao mesmo tempo um sentimento bom de se estar ali sozinho.....É uma mistura de antíteses!

Derrepente bate um silêncio, que até o pensamento fica mudo. E aquele clarão! O lugar realmente transmite diversas sensações. Só restava então ficar ali em pé, recebendo toda aquela energia..... é tão bom se sentir em total realeza com a natureza.

Já se passavam quase 1 hora fui caminhando de volta pro carro e encontrei Nicolas, próximo às piscinas de sal, onde se armazenam o sal, pra depois extrair. São várias piscinas, uma após à outra dá pra perder de vista!

Antes de voltarmos ao carro ainda passamos nos espelhos de sal, pra fazer umas fotos, que ficaram iradas.
Esqueci o cabo da filmadora na casa do meu irmão em buenos! Mas lembro de ter filmado isso. Assim que der vou por uns vídeos da viagem aqui. Faz parte do projeto!
























terça-feira, 19 de maio de 2009

Alvo Certo


Mais se fala em cantar
Mais se espalha música
Mais desce o que do céu nos cresce
Mais a gente dá a mão
Mais se toca o coração
Mais sobe do chão nossa união

Faço violão meu bastão
Do meu bastão voador
Vou até onde der
Vou e vou aonde ninguém chegaria a pé

Parece que sempre cresce o sentimento
da espécie quando você aparece
E nosso pouso é sempre no alvo certo.....


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Versos pra ninguém (Pausa)

De vez enquando vou postar umas letras que escrevo, só pra quebrar o gelo, não se refere a ninguém especifico, mas poderia ser!

Sinto sua falta claro como a água
Podíamos estar juntos
Nesse exato momento

O que sinto é tão bonito
Que não posso chamar por
Outro nome

Vem! segura minha mão
Vamos até o fim do mundo.

Vamos migrar com
os pássaros no inverno,
E deixar que os anjos soprem
em nossa direção toda
a felicidade no verão.

Podemos alcançar
Cometas e segredos
Que precisam dizer
Mais sim do que não.

E se o escuro vier
É só deixar que as estrelas
brilhem em seus olhos
tudo que senti por você.

Sem você essas lacunas
Estão cheias de um triste
Vazio.

Então vem!
Segura minha mão.

Vamos migrar com
os pássaros no inverno,
E deixar que os anjos
soprem em nossa direção
toda a felicidade no verão.




Fiz essa foto num momento mágico, no fim de tarde
na Baía do Guajará. Sempre que quero me sentir distante, 
vou a esse lugar. E é ao mesmo tempo um 
dos lugares mais paraenses que aqui há!