segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Some somente, soma sua mente.


Nada é suficiente para o meu coração.

As palavras surgem como notas musicais

Algumas soam alto demais outras nem tanto

Deixando uma pausa, um silêncio desconfortante

Como um lobo a procura da presa, uma busca incessante

a lua ao alto mostra o caminho nem sempre tão claro

mas sinto seu cheiro a distância que embriaga meus sonhos

Nas noites que passo só

então vem o eclipse

a confusão entre o amor sem resposta

e a felicidade sem razão

De um bêbado feliz e um sóbrio coração

O que fazer

se esconder acuado esperar passar a dor da solidão

nas cavernas de palavras mudas

ou sorrir para as noites que

atravessam os dias em vão

a duvida maltrata

secas lágrimas

já secas, por uma outra ocasião

o pulsar do pulsar, pulsa

cada vez mais forte

como a batida forte

do martelo de um operário

que transpira sofrimento

construindo algo que não vai desfrutar

sorri mesmo assim

a tristeza é seu lar

não há mais nada a despertar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Velho Muddy!

Como era bom o velho blues. A boa música cantada com alma e sonoridade incomparável! Blues do som de violão, da velha guitarra, uma gaita incapaz de ser esquecida, uma sonoridade que só a bateria despretensiosa porém bem pulsante consegue ter. E o piano? o piano é tocado quase como um instrumento de percussão, que de fato ele é, e ainda aparece no momento exato para suavizar a voz rouca do muddy, que carrega toda uma vida de choros silenciosos, travados no campo no sul dos EUA, mas precisamente no mississippi. Toda essa magia pode ser sentida na alma quando se ouve o velho blues, parece acontecer uma mistura de sensações que vai de tristeza até o espasmo que toma conta do corpo, fazendo com que ele mexa sem parar, dos pés a cabeça. É isso aí velho Muddy play the blues!



domingo, 14 de junho de 2009

Viagem ao Valle de Cachi até Iruya

Para assistir melhor esse vídeo click duas vezes no vídeo.


segunda-feira, 8 de junho de 2009

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O passado e o futuro. Ou seria o futuro e o passado?!!












Sinto realmente falta de muitas coisas que já fiz e outras que ainda irei fazer como:

Sinto falta de ouvir mais miles davis, charlie parker, john lee hooker, sinto falta de ler mais, fernando sabino, adoro os contos do cara, foi lendo um de seus contos, que do título criei meu primeiro conto.

E sinto falta também de ouvir mais bob marley....lembro que meu irmão mais velho, gostava muito de ouvir bob marley, ainda gosta, porém acho que já não ouve tanto, uma vez lembro bem, numa viagem de volta de um hollywood rock desses maravilhosos da vida, cheio de shows inesquecíveis!
(...)Vinhamos no banco de traz do carro, cada um com seu walkmam, cada um dos 3 irmãos ouvindo seu som! O do mais velho era só bob marley, como eu não havia percebido antes?!

Bob marley, irmão mais velho.....globo tudo haver!

Hoje a ficha cai direitinho. Eu ainda não curtia reggae, era rockeiro demais pra isso, acho que reggae talvez tenha sido uns dos últimos estilos musicais que aprendi a gostar, porém hoje em dia é um dos que mais gosto!

Sinto falta de pintar mais, jogar a tela de 2x3m no chão e pintar, ou até uma de 20x30cm, sinto falta de pintar uma parede toda branca sem ter dia pra acabar!

Sinto falta da minha casa de 3 andares onde o primeiro andar é o studio de ensaio e gravação, o segundo uma espécie de studio de fotografia e galeria de arte, e finalmente no terraço, o lar doce lar: com um belo bar e cozinha tudo projetado por mim.

Sinto falta de mergulhar mais no mar, com óculos de mergulho, pé de pato, tubo e um arpão.

Sinto falta de tocar em shows, isso eu sinto muito, sinto falta de tocar com meu amigo Ordep, lembro de uma banda que fizemos ele, eu, meu irmão mais novo, China, Marcão(o Macarrão) e Dada. Chamava-se orelha de Van Gogh, que por sinal é o meu pintor impressionista predileto. Mas falando da banda, depois do cascadura, foi a banda que mais me dediquei, era um som que misturava tudo: afoxé, rock, pop, baião, e muita ordepinia, é assim que defino o som que Ordep tirava daquela guitarra, o cara é bom pra caralho!

Essa banda acabou sendo a base pro som que Ordep fez após o Orelha, juntou uma moçada muito boa, e criou o Lampirônicos, uma banda de Salvador que tem dois discos muito bons.

Sinto falta de produzir mais móveis na escola que dou aula pra crianças carentes, falo a elas muito do que cada uma pode ser quando acredita em sí, e corre atrás do que é seu. Nessa hora vejo em seus olhinhos um brilho que não tem preço... essa é a melhor parte!

Sinto falta de sair pra dançar mais. Dançar sem hora pra acabar. Sinto falta de beber mais, com os amigos. Sinto falta de fotografar mais. Sinto falta de andar pelo Rio Sena.

Sinto falta de acender um baurete de 12 euros, o baurete mais caro do coffe shop, mas também, meu filho, põe o capacete, porque a nave decola! ah decola!

Sinto falta de conversar mais com meu amigo Acilon. Sinto falta da vanessa também, e sinto mais ainda da Lilíca, toda vez que vou visitar meus irmãos ligo pra ela, mas nunca dá certo nossos encontros.

Sinto falta da família toda junta, sinto falta dos meus irmãos, e já sinto falta dos meus pais, sinto falta da Cancan.... que amiga, como poucas! Hoje tenho a Glauce.

Sinto falta de dirigir pela linha verde até quase a última praia, ou até mesmo as tantas vezes que fui até Trancoso de carro.

Uma vez quando voltávamos, só eu e meu irmão mais novo, ele tinha ido encontrar a sua namorada, hoje esposa, e eu passar 3 dias naquele paradise, íamos voltando e derrepente uma fila no ferry-boat que passava dos 4 km, ia dirigindo e não acreditando, que não chegariamos nem pela manhã pois era muito carro na fila. E assim fui quando percebi estava na frente do portão lateral à fila de milhões de carros que tinha deixado pra trás, quando um funcionário lá de dentro se aproximou, talvez pensando que fosse um carro credenciado, sei lá, só sei que alí, contei a maior mentira da minha vida......o cara chegou perto e eu disse:

– amigo é o seguinte, estamos vindo de Porto Seguro, meu irmão aqui do lado recebeu uma ligação de que sua esposa está na sala de operação, pronta pra ter um neném, precisamos chegar ainda hoje lá.

Mas falei com uma cara! Hoje ganharia um oscar pela expressão.

O cara parou, pensou, caminhou, e voltou, abriu o portão e disse: – pode passar!
Fui entrando parei o carro do lado do cara e perguntei, qual o seu nome amigo. Ele respondeu: Roberto. Falei pro cara, o filho do meu irmão vai se chamar Roberto em sua homenagem! Putz!
Se houver inferno, com essa devo ser indicado a ministro lá embaixo.

Mas porra quem manda a fila ser a maior do mundo, quando vi já estava na frente do portão, não tinha como voltar mais, aí veio esse estalo......quem sabe até não foi Deus que me iluminou naquele momento? Até porque ambos precisavamos estar no trabalho pela manhã, e eu era novo na Leiaute.

Já via a minha cabeça na parede se eu faltasse aquela segunda!

Sinto falta de conversar mais com Joice, sei que sou o maior culpado por isso não ter acontecido. Ou talvez não!......lembro do primeiro dia que saímos pra conversar, foi muito bacana.

Sinto falta de atravessar o mar de barco, até morro de São Paulo, ou Boipeba, e das tempestades que enfrentei voltando de lá, pelo menos umas duas vezes.
Sinto falta do meu amigo Daniel Wildberger, que hoje mora no Alabana, com sua esposa Bel. Ano que vem vou visitá-los!

Sinto falta de descer a avenida do contorno à noite de carro, e ir quase até os alagados, quando se podia fazer isso, passeando com vários bauretes!
Ainda não fotografava, perdi grandes fotos!

Sinto falta de treinar natação no porto da barra à noite com a equipe da Associação Atlética. Lembro que o professor ia num caiaque remando e gritando pra porra da equipe natar mais rápido.

Sinto falta do capão, de lençois de acampar em Seu Daí!

O copo está vazio de novo, vou enche-lo novamente, essa vodka é muito boa!
















sábado, 23 de maio de 2009

1973



Eu não tenho mais
A cara que eu tinha
No espelho essa cara
Não é minha
Mas é que quando
Eu me toquei
Achei tão estranho
A minha barba estava
Desse tamanho...

Quando baixei essa foto, eu descobri que a soma de seus números resultava em #1, tanto sobre a foto quanto a soma dos números revela muito do que poderia dizer sobre eles. Antes de mais nada não sou daqueles loucos que tem problemas em perseguir um número ou ser perseguido por ele. Simplesmente gosto de escrever, e aproveito o momento para isso. Chove tanto lá fora!
Um auto-retrato, ou na nova regra, autorretrato, como queiram! É errado eu sei, mas fico com auto-retrato, tem uma plástica melhor e além disso sou das antigas.
Gosto muito dessas fotos onde você pode se ver de vez enquanto. Elas revelam com o passar do tempo, tudo o que você foi, é, ou poderá ser!

Tenho realmente um gosto muito grande pela fotografia, para mim ela é nada mais do que o registro da parada do tempo, naquele momento! E quando você imprime ou simplesmente guarda no computador, você tem ali um pedaço do tempo, e pode rever a qualquer momento.

Em vários momentos você se pergunta quem sou eu? o que sou eu? Todo mundo procura por si, todo mundo se pergunta, o que vim fazer nesse mundo?
Ver minha imagem me ajuda muito responder a mim mesmo, quem sou eu! Ou no mínimo paro pra me questionar, pensar, rever minhas direções, meus caminhos.
O meu caminho eu ainda estou fazendo, existe na verdade dois tipos de pessoas no mundo, as pessoas que pensam e nada mais, e as pessoas que pensam e põe o pensamento em prática!
Tô tentando ser o da parte prática.

Já descobriu de que lado você está?

Apesar de que, quando você entra num ciclo vicioso, rotineiro, fica difícil sair dele, até porque você não nota que ali é um ciclo, você só rompe esse ciclo quando o ciclo rompe com você.
Ou seja, você se acostuma a fazer as mesmas coisas com namorado ou namorada por exemplo. Aí quando o namoro acaba você vai tomar atitudes diferente, vai correr atrás de novas emoções, novas companhias, novos bares, novos lugares. Ou, cai num poço profundo, que nem as tranças de rapunzel conseguem tirar você de lá. E por aí vai, rotina no trabalho, na faculdade, na vida!
Tenha medo da rotina! É aí que entra o auto-retrato!
No meu caso, quando me sinto assim, numa rotina desnecessária, me questiono, e logo corro atrás e procuro mudar isso. Tenho pela frente uma grande mudança e estou me preparando pra isso, as grandes mudanças exigem grandes planejamentos. Meta, esse é o nome! Quem tem meta tem tudo. Até porque tudo é possivel quando se quer, se você não consegue, talvez você precise se olhar mais no espelho!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Salinas Grande 2ª parte

Eu já vi escultura de um monte de coisas, areia, ferro, borracha, plástico, frutas, mirití, e por aí vai, mas sal.... Primeirona!
A princípio parecia que estava indo em direção a uma grande área coberta de neve, mas o calor, e aquele dia bonito de um céu lindo, não deixavam os meus olhos me enganar!

Assim que fomos nos aproximando, aquilo tudo parecia cada vez mais incrível, é realmente uma daquelas paisagens que você precisa conhecer pra crer.
E poder sentir ali, uma sensação diferente, uma sensação real, de que deus existe. Como se já não tivesse sentido essa sensação outras tantas vezes!!!!!!
É uma única estrada que corta aquela imensidão de sal, cercada de montanhas com neve no topo.
Loucura, Papito!

Quando o carro parou, o motorista, um senhor gente fina, tratou de avisar a nós três.

– Mirra! Tenemos 1 hora para camiñar, depues nosotros voltaremos à pumamarca.

1 hora, putz! Pensei, 1 hora, eu ficaria ali por muito mais tempo. Tanto Nícolas, quanto Neal e eu, tratamos de ir explorar aquele lugar magnífico. De cara, tratei de esvaziar a bexiga, achei um banheiro químico no fundo da casa.
A casa por sinal, só não tinha o teto e janelas construídos de sal, mas tanto as paredes, quanto o interior eram de tijolos de sal, além de mesas e cadeiras. Haja sal!
Caminhei por aquele imenso saleiro, e o som da minha bota no sal, fazia um rangido, que parecia que eu estava arrastando a bota no chão. Ainda bem que eu havia lembrado de trazer os óculos escuros, caso contrário eu não enxergaria nada, o reflexo da luz do sol no chão de sal, ofusca qualquer um, mas tem gente que arrisca!
Então fui caminhando, era sal, sal, sal e mais sal. Sal pra Caraleo!

A área é tão grande que se pode caminhar por várias direções, e se você caminhar por uma direção onde as pessoas não costumam ir, você vai se distanciando cada vez mais, de tudo. Chega um momento que não se vê mais ninguém, não pela distância caminhada, mas porque o sal causa esse efeito, 10 minutos de caminhada em direção reta, é o suficiente pra isso.

Ao me distanciar experimentei tirar os óculos, vi um clarão tão grande que cheguei a ter a impressão de que estava ali sozinho naquela imensidão. Nesse momento, só ouvia, o som do vento. Ainda hoje se eu fechar os olhos consigo ver aquele clarão.

Dá pra sentir uma tranquilidade, uma paz! Nessa hora dá uma saudade da família danada....e ao mesmo tempo um sentimento bom de se estar ali sozinho.....É uma mistura de antíteses!

Derrepente bate um silêncio, que até o pensamento fica mudo. E aquele clarão! O lugar realmente transmite diversas sensações. Só restava então ficar ali em pé, recebendo toda aquela energia..... é tão bom se sentir em total realeza com a natureza.

Já se passavam quase 1 hora fui caminhando de volta pro carro e encontrei Nicolas, próximo às piscinas de sal, onde se armazenam o sal, pra depois extrair. São várias piscinas, uma após à outra dá pra perder de vista!

Antes de voltarmos ao carro ainda passamos nos espelhos de sal, pra fazer umas fotos, que ficaram iradas.
Esqueci o cabo da filmadora na casa do meu irmão em buenos! Mas lembro de ter filmado isso. Assim que der vou por uns vídeos da viagem aqui. Faz parte do projeto!