sexta-feira, 22 de maio de 2009

Salinas Grande 2ª parte

Eu já vi escultura de um monte de coisas, areia, ferro, borracha, plástico, frutas, mirití, e por aí vai, mas sal.... Primeirona!
A princípio parecia que estava indo em direção a uma grande área coberta de neve, mas o calor, e aquele dia bonito de um céu lindo, não deixavam os meus olhos me enganar!

Assim que fomos nos aproximando, aquilo tudo parecia cada vez mais incrível, é realmente uma daquelas paisagens que você precisa conhecer pra crer.
E poder sentir ali, uma sensação diferente, uma sensação real, de que deus existe. Como se já não tivesse sentido essa sensação outras tantas vezes!!!!!!
É uma única estrada que corta aquela imensidão de sal, cercada de montanhas com neve no topo.
Loucura, Papito!

Quando o carro parou, o motorista, um senhor gente fina, tratou de avisar a nós três.

– Mirra! Tenemos 1 hora para camiñar, depues nosotros voltaremos à pumamarca.

1 hora, putz! Pensei, 1 hora, eu ficaria ali por muito mais tempo. Tanto Nícolas, quanto Neal e eu, tratamos de ir explorar aquele lugar magnífico. De cara, tratei de esvaziar a bexiga, achei um banheiro químico no fundo da casa.
A casa por sinal, só não tinha o teto e janelas construídos de sal, mas tanto as paredes, quanto o interior eram de tijolos de sal, além de mesas e cadeiras. Haja sal!
Caminhei por aquele imenso saleiro, e o som da minha bota no sal, fazia um rangido, que parecia que eu estava arrastando a bota no chão. Ainda bem que eu havia lembrado de trazer os óculos escuros, caso contrário eu não enxergaria nada, o reflexo da luz do sol no chão de sal, ofusca qualquer um, mas tem gente que arrisca!
Então fui caminhando, era sal, sal, sal e mais sal. Sal pra Caraleo!

A área é tão grande que se pode caminhar por várias direções, e se você caminhar por uma direção onde as pessoas não costumam ir, você vai se distanciando cada vez mais, de tudo. Chega um momento que não se vê mais ninguém, não pela distância caminhada, mas porque o sal causa esse efeito, 10 minutos de caminhada em direção reta, é o suficiente pra isso.

Ao me distanciar experimentei tirar os óculos, vi um clarão tão grande que cheguei a ter a impressão de que estava ali sozinho naquela imensidão. Nesse momento, só ouvia, o som do vento. Ainda hoje se eu fechar os olhos consigo ver aquele clarão.

Dá pra sentir uma tranquilidade, uma paz! Nessa hora dá uma saudade da família danada....e ao mesmo tempo um sentimento bom de se estar ali sozinho.....É uma mistura de antíteses!

Derrepente bate um silêncio, que até o pensamento fica mudo. E aquele clarão! O lugar realmente transmite diversas sensações. Só restava então ficar ali em pé, recebendo toda aquela energia..... é tão bom se sentir em total realeza com a natureza.

Já se passavam quase 1 hora fui caminhando de volta pro carro e encontrei Nicolas, próximo às piscinas de sal, onde se armazenam o sal, pra depois extrair. São várias piscinas, uma após à outra dá pra perder de vista!

Antes de voltarmos ao carro ainda passamos nos espelhos de sal, pra fazer umas fotos, que ficaram iradas.
Esqueci o cabo da filmadora na casa do meu irmão em buenos! Mas lembro de ter filmado isso. Assim que der vou por uns vídeos da viagem aqui. Faz parte do projeto!
























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